O mundo está cheio de pessoas que acreditam na importância de proporcionar às crianças uma atenção especial e cuidados adequados durante os primeiros meses e anos de vida. Esta crença tão generalizada encontra-se presente em muitas tradições culturais. As crianças são vistas como pequenos deuses ainda num estado de relativa perfeição, ou representadas como “as borboletas do Paraíso ou, ainda, como pequenos sóis…”
(Sharif, UNICEF).
Se prestarmos atenção às palavras anteriores, já há muito preconizadas pela UNICEF, entendemos também então ser necessário que se reconheça que o desenvolvimento é o resultado de processos complexos que envolvem organismos e ambientes. Os fatores genéticos e ambientais contribuem também para estes processos.
Atualmente a família como foco da atenção constitui o elemento fundamental das práticas atuais.
A necessidade de cuidados adequados ao desenvolvimento das crianças tem o seu fundamento no reconhecimento de que as crianças representam a geração seguinte; elas simbolizam a continuidade das tradições, bem como a esperança e o receio da mudança. Existe a necessidade de acreditar que as crianças de hoje constituem uma alavanca de solidariedade para a ação social e que “elas serão os construtores de um mundo melhor”. (Myers, s.d.).
A experiência individual é um outro fator que pode contribuir para que as pessoas acreditem na importância do desenvolvimento da criança e dos cuidados que lhe são prestados. A sua convicção de que cuidados de saúde rudimentares e uma boa dieta, combinados com sorrisos, gestos de carinho e atenção, diálogo, momentos de partilha e de diversão, são fundamentais para um desenvolvimento saudável, dispensa qualquer outro tipo de argumentação.
Apesar de esta ser uma certeza para muitas pessoas, quando se trata de investir em programas de desenvolvimento infantil, as crianças são prejudicadas em vez de se pensar no que é necessário para o seu desenvolvimento. Esta é ainda uma temática que continua a ter um sem número de opositores e nem sempre a voz dos defensores fala mais alto. É exigida um sem número de justificações e fundamentações teóricas que justifiquem qualquer tipo de iniciativa, quando a atuação em prole das crianças deveria ser uma certeza e não uma dúvida sobre a sua necessidade.
Contudo, existem há muito tempo já definidos oito princípios base que apoiam e justificam a necessidade de apoio a programas de intervenção no desenvolvimento infantil:
Ø A criança tem direito ao desenvolvimento pleno das suas potencialidades;
Ø É através das crianças que a Humanidade transmite os seus valores;
Ø O aumento de produtividade e a economia de custos que resultam de um investimento em programas de desenvolvimento infantil constituem benefícios extensivos a toda a sociedade;
Ø Um investimento conjunto em programas de desenvolvimento infantil permite aumentar a eficácia de outros tipos de programas;
Ø Os programas de desenvolvimento infantil podem contribuir para minorar as desigualdades sociais mais flagrantes;
Ø As crianças constituem um ponto de união para a ação política e social suscetível de gerar consensos e motivar a solidariedade;
Ø Os estudos científicos demonstram que a intervenção no desenvolvimento infantil produz efetuados duradoiros no comportamento adulto;
Ø As mudanças verificadas na conjuntura social e económica exigem respostas inovadoras (Brazelton, 2005).
Acreditamos que é na Família, nas suas dinâmicas, nas suas crenças, nas suas expectativas e até nos seus receios e dúvidas que encontraremos pontes para as ajudar a ultrapassar as dificuldades que possam sentir em determinado momento do seu percurso, nomeadamente no que diz respeito ao Sono do seu Bebé…
O seu bebé dorme bem? Será que dorme horas suficientes para a idade? Tem demasiados acordares noturnos? Resiste às sestas? Resiste ao sono? Sabe quando deitar o seu bebé?
Nem sempre é fácil de entender!
É importante estarmos atentos ao bebé (e não tanto ao relógio), criar hábitos de sono agradáveis e ecológicos, adaptadas às necessidades da família e que promovam uma relação saudável com o sono. Tendo em conta os aspetos referidos anteriormente, é possível criarmos juntos um plano de forma a tornar o sono do seu bebé e de todos, mais saudável.
Almejamos ser parceiros na busca de respostas e pretendemos apoiar na optimização das suas forças em temas como Desenvolvimento Infantil, Sono Materno – Infantil e Parentalidade Consciente.
Fique connosco: no próximo artigo vamos dar-vos algumas “dicas” sobre este tema! Estamos cá para vos ajudar!
Entretanto, se vos fizer sentido, contacte-me!
Catarina Silva Almeida
Psicóloga Especialista
Ordem dos Psicólogos Portugueses n•63
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